BREVE RESUMO DO HISTORIAL DO

Rancho de Fradelos

A ideia de formar o Rancho Regional de Fradelos, nasceu de quatro homens desta Freguesia que todos os anos participavam nas rusgas e romarias da nossa região Baixo, Minho Ave.
Naquele tempo foi fácil dar corpo á ideia desses Homens, uma vez que Fradelos foi e ainda é hoje uma freguesia de muita alegria e muita borga.
Fundado em 10 Outubro de 1957, a primeira actuação formal do Rancho realizou-se no dia 15 de Dezembro desse mesmo ano, razão pela qual se mantém hoje como a associação de folclore mais antiga do nosso concelho, Vila Nova de Famalicão.
Como Rancho típico da zona do Baixo Minho o seu repertório conta com vários cantares e dançares que traduzem a vivacidade e a alegria do povo desta região. Os trajes são expressão da vida rural que durante muitos anos caracterizou a freguesia de Fradelos.

Rancho Regional de Fradelos

SÓCIO DA FEDERAÇÃO DO FOLCLORE PORTUGUÊS.
SÓCIO EFECTIVO DO INATEL de BRAGA.
MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPAL CULTURAL ATRIBUIDA PELO MUNICÍPIO DE V. N. DE FAMALICÃO EM 28 DE JUNHO DE 2006

O Rancho Regional de Fradelos já realizou centenas de actuações por todo o território nacional e também já participou no Estrangeiro nomeadamente em FRANÇA e ALEMANHA.

(in ranchorfradelos.wixsite.com)

DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DANÇAS

Rancho de Fradelos

 

Entrada:
Malhão de Roda
Malhão cantado ao desafio pelos cantadores e que era também dançado nos terreiros ao toque de violas.

Danças:

·Dança – Chibinha

Era realmente uma das danças do nosso concelho e que o povo gostava muito de a cantar e dançar.

Na altura da fundação deste grupo, tivemos o cuidado de perguntar às pessoas que a cantavam e dançavam, a verdadeira origem de tão apreciada dança, à qual nos foi dito que era costume cantarem a chibinha nos montes do nosso concelho. E era cantada pelas pessoas que guardavam o gado, mais propriamente no monte de Vilarinho, muito próximo da freguesia de Fradelos.

Mas quando foi fundada a Federação de Folclore Português, esta dança foi considerada como um cantar e não como uma dança de terreiro.

 

·Dança – Regadinho

É uma dança tipicamente portuguesa. Que se dança de norte a sul do país, tendo características diferentes conforme a região onde o grupo está inserido.

Geralmente dançada em roda e de coreografia simples, é uma dança que o povo gostava de dançar, tanto em festas como no final dos trabalhos do campo.

 

·Dança – Saia-Velhinha

Segundo uma recolha feita pelos elementos deste grupo, a Saia-Velhinha era uma dança de roda.

Na freguesia de Fradelos, era costume cantar e dançar a Saia-Velhinha aos domingos no final do dever culto (terço ou novena). Aí, e ao toque das concertinas ou instrumentos de corda os namorados faziam uma roda no adro da igreja e cantavam e dançavam a Saia-Velhinha.

 

·Dança – Vira de Oito

Dança tipicamente minhota, que se usava em danças e mesmo em cantares ao desafio, no final dos trabalhos do campo.

Em consequência de contactos e recolha de informação de pessoas idosas, deram-nos o testemunho de que quase sempre, era tocada com instrumentos de corda ou sopro bocal (como o realejo ou a harmónica de boca).

A dança em si era uma dança solta mas a tradição dizia que sempre faziam um oito.

 

·Dança – Cadeaço

Dança de roda, bastante movimentada e muito alegre, dando à primeira vista, a ideia que se trata de uma dança do Minho. Só que, na altura em que se iniciou a dita recolha de informação, deparamos que se tratava de uma dança migratória oriunda da Beira Baixa, embora a melodia e mesmo a própria dança tenha características das danças do Minho.

 

·Dança – Tanta Lima

Dança de quatro, uma das danças mais características da região de Famalicão, e também da zona de transição no concelho de Barcelos, nos anos 60.

Foi uma dança cantada e dançada em Fradelos, muito referenciada por um dos melhores folcloristas de Portugal, Pedro Homem de Melo.

 

·Dança – Valentim

É uma dança de roda e para além disso é uma dança de romaria, cantada e dançada na região do Baixo Minho.

A recolha de informação foi feita pelos elementos do grupo a pessoas idosas, na altura da fundação do grupo, que já nessa altura se cantava e dançava, tanto nos terreiros como nas romarias.

 

·Dança – Rosa Arredonda a Saia

Rosa arredonda a saia, uma dança com características da região entre Douro e Minho, era cantada com frequência nas sachadas do milho na nossa região, que no fim de um dia de trabalho nas eiras se dançava ao toque de uma harmónica e com as lindas vozes das sachadoras do milho.

Era… e é uma das lindas danças da nossa região.

 

·Dança – Pretinho

Dança de roda, que consideramos uma dança exclusiva do nosso concelho, foi recolhida por pessoas que já não estão entre os vivos, mas os elementos mais antigos deste grupo, teimam em não deixar que esta dança se perca nos tempos, segundo testemunhos de pessoas mais antigas, esta, é uma das danças do nosso concelho centenário.

 

·Dança – Chula de Roda

Uma das algumas Chulas de V.N de Famalicão.

É com muita satisfação e muito orgulho que em Famalicão se dança a Chula. Esta Chula de Roda, como a Chula Picada, Chula Batida, ou mesmo a Chulita, eram outrora, danças competitivas nas nossas Feiras Francas que tinham lugar em Maio e Setembro.

Os grupos da terra competiam, a Chula, pra ver quem melhor a dançava.

 

·Dança – Ramaldeira

Dança tipicamente minhota, que era costume ser dançada em cantares ao desafio, sobretudo nas desfolhadas, espadeladas e batidas de linho.

Homens movidos com instrumentos de corda, que tocando e cantando cantigas ao desafio, as pessoas dançavam e davam largas à sua alegria que a própria dança testemunha. Com todos os instrumentos de corda é de realçar a tradicional e muito apreciada ramaldeira, que deu precisamente o nome a esta dança.

 

·Dança – Peão

Dança de roda, cantada e também dançada em dias de romaria nesta região, principalmente, na freguesia de Fradelos. Esta dança é considerada como uma das mais representativas do Rancho Regional de Fradelos e do seu povo.

Dança muito querida, pois tem grandes tradições no povo desta terra.

 

·Dança – Tiroliro

Dança de roda e muito pacata, que nos dá uma imagem do que era noutros tempos, os nossos antepassados, que no final dos trabalhos árduos do campo ainda tinham alegria, para estas modinhas mais suaves e muito alegres.

 

·Dança – Riu, Piu, Piu

Dança de coluna , esta moda tem o titulo riu, piu, piu, por ser desta forma, assobiando como um pássaro que muitos rapazes tentavam seduzir as raparigas, para assim poderem dançar.

Mais tarde com testemunhos desse tempo, nasceu de forma ordenada o riu, piu, piu .

 

·Dança – Canário

Dança de coluna dança esta oriunda do Vale do Cavado é assim uma dança migratória, trazida para a nossa terra através de gente que outrora vinham trabalhar para a lavoura.

Era costume dançar o Canário no final das romarias em pleno terreiro pelos pares de namorados.

 

·Dança – Vira Novo

Dança de roda com recolha feita no Vale do Ave.

É uma dança de terreiro, dançada pelos trabalhadores do campo ao som das violas e realeijos de boca.

 

·Dança – Vira das Sachadas

Dança em coluna .Tal como o vira novo é uma dança de terreiro.

A dança das sachadas era uma moda cantada nos campos por muitas mulheres, quando sachavam o milho nos grandes campos da nossa região, e era feita sempre no final das respectivas sachadas.

 

Saída: – Sou do Minho

Dança alegre, que era cantada pelos nossos povos nas romarias que faziam a outras terras, daí se manifestarem sou do Minho.

 

(in site)