Filarmónica União Matense

A Banda da Sociedade Filarmónica União Matense, fundada em 1870, foi a génese da coletividade e embora tenha atividades paralelas na área da Cultura, Recreio e Desporto, a Banda continua a ser a sua principal atividade.
Contou desde sempre com um conjunto de músicos e maestros de inegável valor de que é expoente máximo o Maestro Domingos Fernandes Gomes.

A Banda conta neste momento com 35 elementos, sendo 80% jovens com menos de 30 anos, nas suas mais diversas atividades profissionais.
É de salientar a Escola de Música, por onde já passaram algumas centenas de jovens e que atualmente está a funcionar em pleno, o que tem permitido fazer a renovação da Banda, que ao longo destes anos tem funcionado regularmente, participando em várias festas da região, festivais de música e comemorações para as quais tem sido convidada.

Em Outubro de 1870, foi solenemente fundada e inaugurada na Mata a Sociedade Filarmónica, sob a égide do ilustre musicólogo Manuel Antunes Mota, natural de Vila do Paço, que, vindo casar à Mata, aí se radicou. Este facto criou uma longa e ainda hoje profunda amizade entre as duas aldeias.

Já na regência de António Gomes, a banda efetuou um concerto em Santarém, que mereceu grande elogio num jornal da cidade. Em 1925, outro grande concerto na Praça 5 de Outubro, em Torres Novas, que viria a receber uma extraordinária crítica do saudoso musicólogo torrejano, Padre José Maia dos Santos.

António Freire, maestro natural da Mata, já idoso, ainda dirigia nos anos 40, a banda filarmónica da sua terra. Surgiu depois uma das várias crises da banda. Ultrapassou-se a mesma quando, após a vinda da sua congénere de Vila do Paço, para abrilhantar umas festas, os filarmónicos sentiram essa visita como um estímulo e se lançaram à renovação da velha Sociedade.

Na década de 50 surge novo período de esplendor, sob a batuta do maestro Domingos Fernandes Gomes, durante a qual se efetuaram imensos concertos e encontros de bandas.Em 1963 dá-se uma outra profunda crise na banda, que viria a durar até 1974. Como causa maior dessa crise terá funcionado a sangria de emigração, que levou a um esgotamento dos valores da aldeia. Porém, com o 25 de Abril, um grupo constituído por antigos músicos, ainda a tocar, arranca com uma Escola de Música, com o objetivo de renovar a Filarmónica.

Em 1985 deu-se a saída de Domingos Fernandes Gomes como maestro da banda, por motivo de doença, cedendo o seu lugar a António Lourenço. Este último teve uma breve, porém marcante, presença na S.F.U.M., onde ainda hoje existem diversas peças de sua autoria, de entre as quais se destacam as seguintes marchas: “Manuel Páris”, “Nostálgico”, “O Pejão”, “Simplicidade”, “Renovação” e “Maria Clara”. A banda Filarmónica teve como regente, na década de 80, Fernando Cabeleira que viria a ceder o seu lugar ao maestro Sérgio Poupado que foi maestro desta banda até ao ano 2001.

Atualmente, a banda filarmónica está em plena atividade, contando no seu efetivo com cerca de trinta e cinco elementos, com idades compreendidas entre os catorze e os setenta e seis anos, sendo a maioria jovens. Existe uma Escola de Música frequentada por cerca de vinte alunos, tendo em vista a sua inserção na banda filarmónica. Desde Janeiro de 2002, a Banda Filarmónica União Matense está sob a regência do maestro Paulo Guia, que tem vindo a dar uma nova musicalidade à banda sem deixá-la perder a sua já antiga identidade.

(in acontece.torrenovas.pt)