Com oito anos percebeu que sabia cantar e entrou como solista no reputado Coro dos Pequenos Cantores do Estoril, que frequentou até aos 16 anos. Através desta experiência teve a oportunidade de aprender, de levar a público, e até a estúdio, um vastíssimo repertório, com incursões pelos clássicos e pelos cancioneiros da música tradicional/popular oriunda dos mais variados países do mundo.
Descobre o Jazz aos quinze anos num workshop de Verão e, apesar de ter seguido pela licenciatura em Design de Moda pela UTL, a música foi sendo uma constante.
Aos 21 anos teve o seu primeiro concerto com um projecto de nouvelle jazz a partir do qual travou conhecimento com Júlio Resende e começou a definir o caminho estético do que viria a ser o seu primeiro disco “Heart Mouth Dialogues” (onde grandes canções da pop, do rock e até da bossa nova, se moldaram a arranjos jazz). Com este disco foi considerada revelação jazz e conquistou o reconhecimento do meio musical e de uma pequena, mas muito atenta, legião de fãs.
Depois de percorridos alguns dos maiores festivais e palcos do país com “Heart Mouth Dialogues”, foi convidada a integrar uma tour com Rodrigo Leão, experiência que acabou por abandonar por uma nova aventura. Colaborar com os britânicos These New Puritans. Uma banda de art rock considerada pela pitchfork a sucessora dos Radiohead.
Depois de um disco, uma tour mundial e de um segundo disco gravado ao vivo no Barbican Centre em Londres, dedicou-se morosamente ao processo de escrever canções e imaginar um disco. “As Blue as Red” chegou a público em Maio de 2018, com originais seus entre canções de Luísa Sobral, que assina com mestria a produção do disco, Joana Espadinha e Pedro da Silva Martins. Este disco continua a sua tour neste momento, enquanto Elisa se aventura num novo projecto a voz e piano com a pianista Isabel Rato e nos preparativos para um terceiro disco em nome próprio.
O terceiro disco em colaboração com os britânicos These New Puritans acaba de chegar este mês a público.
O meu nome é Elisa e canto desde que me lembro de ser gente! Sempre me pediram para cantar na escola, em casa e entre amigos. Cedo entendi que quando cantava fazia as pessoas sentirem emoções fortes e boas. Quase como se lhes pudesse segurar o coração e tivesse o poder de as fazer sentirem-se melhor. Com o passar dos anos, apesar de ter estudado outras coisas, passei a acreditar que esse era o meu maior dom. E isso levou-me a querer ser cantora profissional. Decidi que cantar é a minha missão. Fazer e dar música às pessoas. Levar graça e beleza a cada palco que piso e a cada um que me ouve.
“Ora aqui está uma muito agradável surpresa, uma cantora que surge como que de repente, não se sabe bem de onde nem como, e que imediatamente se distingue de todas as outras. Ao mesmo tempo que se entrega de corpo e alma a cada canção que interpreta, Elisa Rodrigues apodera-se de cada melodia como se esta sempre tivesse sido sua e brinca com as palavras como se tivesse crescido de mãos dadas com cada um dos poemas que declama através do seu canto. O mais frequente é ouvi-la cantar ao lado, por cima ou por baixo daquela que conhecemos como sendo a melodia original de cada tema, assim criando, quase invariavelmente, uma nova melodia, enquanto acaricia, trinca, respira ou transpira cada palavra que profere. O resultado é intensamente dramático, marcado por uma imensa teatralidade, mas sempre musicalmente muito válido e bem conseguido.”
“Here it is, a very pleasant surprise, a singer coming all of a sudden, no one knows from where or how, and immediately sets herself apart from all others. At the same time she gives herself body and soul to each song she sings, Elisa Rodrigues makes every melody her own and play with words as she as grown up holding hands with each poem she declaims through her singing. You can here her sing at the side, on top, or down of what you know to be the original melody of each song, creating a new melody, while caressing, bitting or breathing every word she says. The result is intensively dramatic, with a huge theatrical touch but always with a very valid musicality and very well done”