Não sei, não sabe ninguém Porque canto o fado, Neste tom magoado De dor e de pranto… De dor e de pranto.
Não sei, não sabe ninguém Porque canto o fado, Neste tom magoado, De dor e de pranto.
E neste tormento, todo sofrimento Que sinto na alma, Cá dentro se acalma, Nos versos que canto.
Foi Deus, que deu luz aos olhos Perfumou a rosa, Deu oiro ao Sol E prata ao Luar.
Foi Deus, que me pôs no peito Um rosário de penas Que vou desfiando E choro a cantar.
Pôs as estrelas no céu, Fez o espaço sem fim, Deu o luto às andorinhas Ahhh … E deu-me esta voz a mim.
Se canto, não sei o que canto Misto de ventura, saudade, Ternura ou talvez amor.
Só sei que cantando, Sinto o mesmo quando, Se tenho um desgosto E o pranto no rosto, nos deixa melhor.
Foi Deus, que deu voz ao vento, Luz ao firmamento, E pôs o azul, nas ondas do mar.
Foi Deus, que me pôs no peito, Um rosário de penas, Que vou desfiando E choro a cantar.
Fez poeta o rouxinol, Pôs no campo o alecrim, Deu as flores à primavera … Ahhh … E deu-me esta voz a mim!
(Alberto Janes)
Foi Deus – António Zambujo
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