O Grupo Etnográfico da Beira (GEB), Vila das Velas – S. Jorge foi fundado em 26 de julho de 1981 com a denominação, nessa época, de Grupo Folclórico da Beira da Casa do Povo de Velas.
Esta agremiação cultural é composta por cerca de três dezenas e meia de elementos pertencentes aos mais diversos estratos sociais e etários, assumindo-se como fiel representante das danças e cantares, dos usos e costumes das gentes de São Jorge dos finais do século XVIII, XIX e princípios do século XX.
Ao longo dos anos de atividade, o grupo tem-se empenhado na recolha e divulgação de danças e cantares, trajes eutensílios das épocas que representa, participando em várias atividades que relacionadas com a etnografia, nomeadamente no “Cantar aos Reis”, “Cantar as Morcelas” e “Foliões do Espírito Santo”. Tem, ainda, participado em vários
Festivais de Folclore, Intercâmbios Culturais e Jornadas Etnográficas.
Os trajes do Grupo vão desde o domingueiro ao de trabalho, passando pelos dias de festa (Espírito Santo particularmente), os quais usavam-se no nosso Concelho (Velas), mais precisamente na Beira, confecionados em teares locais e com tecedeiras e costureiras Jorgenses. Cada elemento transporta, ainda, um utensílio relacionado com a profissão e/ou condição social que representa.
Os instrumentos mais utilizados são: bandolim, cavaquinho, viola da terra, violão e violino, sendo também utilizado o tambor, mas apenas nos “foliões do Espírito Santo”.
O Grupo possui um reportório de cerca de 30 temas dos quais se destacam: Saudade, Chamarrita, Pêssegos, Meninas, Bela Aurora, São Macaio e Rapsódia Açoriana.
Além de atuações por toda a ilha de S. Jorge em festivais, iniciativas de cariz social, cultural e turístico, já percorreu o Arquipélago dos Açores, Madeira e Porto Santo. Em Portugal continental atuou em Vila do Conde, Vale de Cambra, Macieira de Cambra, Lamego, Retaxo, Alenquer, Oeiras, Quiaios (Figueira da Foz), Ílhavo (Aveiro) e Vila Nova de Gaia. Participou, ainda, no COFIT (Comité Organizador de Festivais Internacionais da Ilha Terceira). Fora do País deu a conhecer a Cultura Jorgense aos povos da Califórnia e Fall River, nos EUA, do Canadá, de França, Espanha, Canárias, Cabo Verde e Itália.
O Grupo Etnográfico da Beira participou também, e sempre que requisitado, em programas de televisão para a divulgação da cultura Jorgense, nomeadamente RTP Açores, RTP 1 e TV Globo.
O 1.º CD do Grupo Etnográfico da Beira foi editado em 1998, com o título “Cantares da Nossa Gente” e o 2º, intitulado “Cantares da Nossa Gente”, no ano de 2002. A data do lançamento do 2-º CD ficou marcada, também, pela alteração da denominação do Grupo Etnográfico da Beira, devido às características etnográficas do mesmo.