O Rancho Folclórico de Torredeita não considera o folclore um tesouro sepultado, mas antes uma jóia de alto preço com o sortilégio do movimento perpétuo, incorporando os traços sócio-psicológicos do seu meio e da Região da Beira tradicional. Daí nos revelar o modo de ser e, principalmente, o modo de viver da terra e das gentes, da sua transformação infatigável, na qual muita coisa desaparece e muitas outras surgem numa fusão entre o tradicional e o nascente.
Várias são as melodias que o Rancho Folclórico de Torredeita tem como seu património e exibe de Norte a Sul do país, como também fora de Portugal. O Rancho Folclórico de Torredeita tem danças de passo saltado; tem danças relacionadas com o trabalho de campo, da cultura da vinha; exprime com emoção e graça os seus sentimentos; tem danças suaves e muito doces; tem uma chula e danças de roda.
Todas elas são cantadas e bailadas com entusiasmo e muita alegria.
Estas melodias e danças foram recolhidas em Torredeita e Região de Viseu.
Torredeita é uma Vila situada perto de Viseu. Em todos os seus lugares nos deparamos com ricas tradições etnográficas e folclóricas. A Rendas de Bilros e o Fiar do Linho são antigas indústrias domésticas. Também goza de justa fama o seu Vinho do Dão.
O essencial da coreografia da Beira Alta está na roda. Tendo o Beirão o culto da lógica, tudo na dança obedece a marcações impostas pelo significado das palavras.
Os seus trajes, recolhidos na região, são originais e antigos usando-se, por vezes, cópias para os preservar. Representam o estrato social e económico de antigamente: trajes de trabalho, de ir à missa, de casamento, de lavrador abastado, de cerimónia, etc.
O traje da mulher é simples e castiço e a Capucha de burel, briche ou saragoça, dá-lhe cunho singular e inconfundível dentro da indumentária portuguesa. O xaile de merino com franja é também usado e constitui peça de muito valor. Assumem importância as finas saias de armur e de merino, as blusas com rendas de bilros e os lenços de seda. Calçam tamanquinhos ou chinelas com meias de lã rendadas.
O homem usa chapéu de aba larga, camisa de linho, com ou sem colarete, colete de feitio diferenciado, calça de burel ou de lã, casaco ajaquetado e cinta de algodão, preta. Calça tamancos, sapatos de atanado e bota.
O Rancho Folclórico de Torredeita não considera o folclore um tesouro sepultado, mas antes uma jóia de alto preço com o sortilégio do movimento perpétuo, incorporando os traços sócio-psicológicos do seu meio e da Região da Beira tradicional. Daí nos revelar o modo de ser e, principalmente, o modo de viver da terra e das gentes, da sua transformação infatigável, na qual muita coisa desaparece e muitas outras surgem numa fusão entre o tradicional e o nascente.
Para o Rancho Folclórico de Torredeita o Folclore é, portanto, um perpétuo “vir a ser”, estuda factos vivos e indaga um passado quando se torna presente.
Por tudo isso é o elemento gerador do Ecomuseu de Torredeita, que se propõe explicar, através da ecologia e da vida tradicional das populações, as potencialidades da Beira, de modo a favorecer uma fecunda reanimação cultural, visando o desenvolvimento que crie riqueza e estabeleça também as diferenças da identidade nacional. (in facebook)
Rancho Folclórico de Torredeita – A cruta da macieira
RTP 2012
Rancho Folcl. Torredeita AI SE EU ANDASSE A NAMORAR 2012
Rancho Folclórico de Torredeita – ORA DOBA DOBADEIRA DOBA, 2012
RF de Torredeita – VISEU
40º Festival Folclore Glória Ribatejo – 2015