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19 Novembro, 2019
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22 Novembro, 2019

José Cid é o segundo português a ser distinguido com o Grammy Latino de Excelência Musical. O primeiro foi Carlos do Carmo, que se despediu dos palcos com o concerto de dia 9, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

O músico português José Cid recebe esta quarta-feira, numa cerimónia em Las Vegas, nos Estados Unidos da América, um Grammy de Excelência Musical, da Academia Latina de Gravação, cuja atribuição foi anunciada em Agosto. O Grammy de Excelência Musical é atribuído “a artistas que fizeram contribuições de significado artístico excepcional para a música latina”, de acordo com informação disponível no site da Academia. Além de José Cid, também Eva Ayllón, Joan Baez, Lupita D’Alessio, Hugo Fattoruso, Pimpinela, Omara Portuondo e José Luis Rodríguez “El Puma” vão receber o galardão.

Em Agosto, quando a Academia Latina de Gravação anunciou que José Cid iria receber o prémio, o músico disse ao PÚBLICO: “Fiquei a saber [da distinção] através de uma chamada directa de Miami e pensei que fosse para os Apanhados. Falei com um senhor que falava castelhano que disse que eu ia ser nomeado e que havia uma enorme probabilidade de vencer este prémio de consagração, de carreira e de excelência musical.”

José Albano Salter Cid Ferreira Tavares torna-se assim no segundo português a receber o Grammy Latino de Excelência Musical — o Lifetime Achievement Award. Carlos do Carmo, que se despediu dos palcos com o concerto de 9 de Novembro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, foi o primeiro português a ser distinguido com este prémio da Latin Recording Academy (em 2014).

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“O mais interessante é que o que está em causa é o pop-rock português. Temos artistas muito talentosos que também podiam ter sido nomeados como o Luís Represas, Rui Veloso, João Pedro Pais, Rui Reininho, o Paulo Gonzo, a Mafalda Veiga, que tem uma obra poética incrível, toda esta gente tem uma obra que podia ser nomeada — mas fui eu”, acrescentou o autor de temas como Monstros Sagrados, do Quarteto 1111, ou Como o Macaco Gosta de Banana, numa entrevista ao PÚBLICO em Agosto. À Lusa, José Cid refere a distinção como “corolário de muitos anos de trabalho, teimosia e persistência”, lamentando que as grandes editoras não apostem mais em Portugal.

Para José Cid, o reconhecimento internacional surge a par do reconhecimento nacional, que é “tão bom ou melhor” do que os galardões além-fronteiras. Ainda ao PÚBLICO, dizia em Agosto estar “cheio de trabalho e com concertos ao vivo do norte ao sul do país”: “Tem sido brutal, ninguém sai de lá em duas horas e meia. Sinto-me saudável aos 77 anos, sempre pratiquei muito desporto, apesar de não ser bom em nada, nunca fumei, não bebo, tenho uma mulher [a artista Gabriela Carrascalão] que me cozinha pratos com muitos legumes. Levo uma vida muito saudável que me permite levar uma boa vida.”

Na página oficial da Academia Latina de Gravação é referido, num pequeno texto dedicado ao músico português, que José Cid “adaptou-se sem esforço a influência da música popular anglo ao estilo original do pop rock português”.

(in: Publico 13 de Novembro de 2019)

José Cid distinguido com Grammy Latino

Grammy

Há precisamente 63 anos, em 1956, o grupo Os Babies dava a Portugal um dos maiores ícones do pop/rock do país. Seis décadas e muitos sucessos musicais mais tarde, José Cid foi também reconhecido a nível internacional. A Academia Latina distinguiu o músico com um Grammy por Excelência Musical.
“Estou muito contente, porque é um prémio de alto prestígio (…) Vou representar a música de Portugal, não é o José Cid que lá está, é a grande música pop e a grande música pop/rock portuguesa, que é feita de há décadas a esta parte, nas antigas gerações e nas novas gerações, que estarão ali representadas”, reagiu José Cid, em declarações à RTP.
O Prémio à Excelência Musical, já atribuído a Carlos do Carmo em 2014, é concedido a artistas que tenham dado contribuições artísticas excecionais para a música latina.
Será entregue a José Cid a 13 de novembro, numa cerimónia em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Um concerto invulgar, porque foi mais uma festa, com o mítico José Cid que, aos 72 anos, e com mais de 50 anos de carreira, nos levou numa viagem pelas músicas do nosso imaginário coletivo, durante quase três horas.
(in: RTP)