Pedro Abrunhosa de volta aos grandes palcos

ELAS, Eu Gosto de Ti, Marisa Liz e Aurea, Letra, 2019, Marisa Liz e Aurea, Canções, Letras, Musicas, portuguesas, artistas, cantoras, musica portuguesa, letras, Elas
ELAS, Eu Gosto de Ti, Marisa Liz e Aurea, Letra, 2019
2 Novembro, 2019
Fado, Chuva, Mariza, Jorge Fernando, Letra, Musica, portuguesa, Fadistas, A Chuva, Canções portuguesas, musicas, Sucessos, Fadista, Portugueses, Portugal
Fado, Chuva, Mariza, Jorge Fernando, Letra
19 Novembro, 2019
+

Pedro Abrunhosa de volta aos grandes palcos

Pedro Abrunhosa concertos, Espectáculos, Artistas, Portugueses, Pedro Abruinhosa, Palcos, concertos Pedro Abrunhosa, Concertos 2019, Artistas contactos

Pedro Abrunhosa estreia novo espectáculo no Coliseu de Lisboa esta 5a feira e convida Paulo Praça para a primeira parte

Pedro Abrunhosa está de regresso aos palcos dos Coliseus esta semana com os Comité CaviarLisboa acolhe os primeiros concertos nos dias 7 e 8 de Novembro, seguindo-se o Porto, onde actua nos dias 15 e 16 de Novembro. Serão quatro noites inéditas para celebrar “Espiritual” a par com toda a sua discografia, guardando ainda espaço para temas que nunca foram tocados ao vivo, num espectáculo “poético, despojado, sustentado na fragilidade das Canções sem lhes perder nem a força nem o mistério”. A primeira parte destes espectáculos está a cargo de Paulo Praça, apresentado abaixo nas palavras de Pedro Abrunhosa. Os últimos bilhetes estão disponíveis nos locais habituais.

A história da música em Portugal construiu-se alicerçada em Músicos da alma íntegra como Paulo Praça.

Todo o processo criativo em Praça funciona à imagem do rio subterrâneo que emerge, de quando em vez, numa explosão de géiser regular e tranquilizador. A cada trabalho, Paulo Praça revela, e revela-se, porque é um dos mais importantes e cobiçados parceiros de estúdio e de palco para qualquer grupo. Camaleónico, resiliente, lúcido, profundamente conhecedor da linhagem histórica e estética que o precedeu, Paulo Praça é, antes de tudo, exigente consigo próprio quer na composição, na direcção dos seus grupos, na performance artística. O resultado é um compromisso permanente com a busca, a inquietação, o labirinto de soluções a que a qualidade sempre o obriga.

A literacia musical e poética deste seu último trabalho atesta isso mesmo. Nunca a solução é fácil, nunca há a tentação de sucumbir a um tempo voraz em que a técnica subjuga a essência. Pelo contrário: nem escrita, nem arranjos, nem produção manifestam a obsessão do ‘agora’ mas, outrossim, a ligação consciente a um tempo-outro que sempre concilia Autor, obra e público.

De resto, homem de palco por excelência (quem nunca viu Paulo Praça a actuar, está a passar ao lado de uma das mais iconográficas figuras da Pop/Rock nacional), Paulo Praça transborda para este trabalho a indómita vontade de o substantivar em cena. Há qui matéria para coros de grandes audiências bem como momentos de introspecção intensa.

De ambos é formada a narrativa de qualquer espectáculo. Poucos guitarristas portugueses possuem a vitalidade cristalina de Praça, a sua versatilidade, o conhecimento visceral do instrumento e sentido de oportunidade: silêncio e arrebatamento podem ocupar o mesmo espaço sem se acotovelarem.

De bom-gosto está este disco cheio. Fervoroso, cativante, duro por vezes, numa dureza que à Arte compete, este é o disco da maturidade de um Autor que se fez a si próprio na distância dos lobbys e com a perseverança vencedora dos que amanhecem e entardecem vinculados à paixão do trabalho. Motor de tantos grupos vitais para a saúde continuada da Música portuguesa,

Paulo Praça traz-nos um Disco – “Um Lugar Pra Ficar” – para ler tanto quanto para ouvir. Este é um Músico que é já uma referência para quem é Músico, ouvinte ou consumidor. Paulo Praça move-se no encantamento esguio e puro dos virtuosos. Do seu melhor solo germinaram estas Canções.

Pedro Abrunhosa

(in SET)

Videos amadores

Lua - Pedro Abrunhosa ( Coliseu do Porto 15/11/2019 )

Pedro Abrunhosa & Comité Caviar no Coliseu do Porto

Não posso mais - Pedro Abrunhosa ( Coliseu do Porto 15/11/2019 )

Quem me leva os meus fantasmas - Pedro Abrunhosa ( Coliseu do Porto 15/11/2019 )

Fazer o que ainda não foi feito - Pedro Abrunhosa ( Coliseu do Porto 15/11/2019 )

Pedro Abrunhosa - Coliseu Porto Ageas - Tudo o que te dou (novembro 2019)

Pedro Abrunhosa - Coliseu Porto - Lua (2019)

Pedro Abrunhosa - "Ilumina-me" Coliseu Porto 15/11/19

Apresentação

Pedro Abrunhosa escolheu desde sempre o caminho mais difícil. A sua história pública não começa com uma banda de garagem mas pelo Conservatório. Não começou por ganhar fama na música ligeira para se aventurar depois em projectos mais ousados. Fez ao contrário: aos 16 anos estudava Análise, Composição e História da Música com Álvaro Salazar e Jorge Peixinho na Escola de Música do Porto e, posteriormente, com Cândido Lima no Conservatório. Por essa altura integrava já o Grupo de Música Contemporânea de Madrid.
Entrou na música pela via erudita. E quando chegou ao jazz era um erudito a tocar jazz. Estudou e tocou com Todd Coolman, Joe Hunt, Wallace Rooney, Gerry Nyewood e Steve Brown. E depois com Adriano Aguiar e Alejandro Erlich Oliva, seus mestres de contrabaixo. Foram os anos do jazz. Participou em seminários internacionais, formou bandas, tocou em orquestras, realizou tournées. Colaborou com grandes figuras como Paul Motion, Bill Frisell, Joe Lovano, David Liebman, Billy Hart. Ensinou contrabaixo na escola do Hot Club de Lisboa, fundou a Escola de Jazz do Porto, a “Cool Jazz Orchestra”, a “Máquina do Som” e, finalmente, os “Bandemónio”, grupo integralmente constituído por alunos seus.
Começava a epopeia do primeiro álbum: “Viagens”, editado em 1994. Um disco de rock cheio de jazz e de vida. Pedro Abrunhosa sempre viajou. Pelos vários continentes da música, tal como pelo mundo, com uma Renault 4L em segunda mão ou à boleia, com uma mochila às costas. Ao contrário de muitos outros, o seu percurso musical foi do mais complexo ao mais simples, rumo à depuração da linguagem, com destino à essência das coisas. Quando chegou ao rock trazia a mochila cheia de História e de rigor. “Viagens”, com a parceria de Maceo Parker, o eterno companheiro de James Brown, atingiu marcas de vendas ate então inéditas em Portugal. E assim prosseguiria com os trabalhos seguintes.
Pedro Abrunhosa comparecia finalmente ao encontro que parecia marcado há muito com as grandes audiências. Tinha algo para lhes dizer, e foi entendido. Esse pacto com as multidões nunca mais foi quebrado. Em 1995 lança o maxi-single “F” e em 1996 o álbum “Tempo”, que vendeu 80 mil exemplares em apenas uma semana. Em 1999 é lançado “Silêncio” e em 2002 “Momento”, o álbum triplo “Palco” em 2003 , “Intimidade”, gravado ao vivo na inauguração da Casa da Música do Porto, em 2005, “Luz” em 2007. Fundador dos BoomStudios em 2005, é partir deste espaço, ‘catedral de silêncio’ como o próprio o designa, que Pedro Abrunhosa centraliza os seus futuros trabalhos aos quais soma a função de editor.
2010 é ano de viragem. Reúne os Comité Caviar, alia-se ao produtor João Bessa e lança os álbuns “Longe”, “Contramão” em 2013 e “Espiritual” em 2019. Em todos Pedro Abrunhosa deixa patente a sua poderosa escrita e neles deixa Canções que se juntam a tantos outros hinos, lendas, adágios a que o Autor nos habituou desde sempre. Durante todo este período são milhares os concertos, recintos cheios, Festivais, salas esgotadas, digressões que o levaram a todo mundo.
Multiplatinado em praticamente todos os discos, Pedro Abrunhosa foi distinguido com todos os prémios nacionais de relevância: três Globos de Ouro, Prémio Bordallo de Imprensa quatro Prémios Blitz, Medalha de Ouro de Mérito Cultural pela Autarquia da Gaia, Prémio SPA – Pedro Osório-, quatro prémios Nova Era, Prémio Play Vodafone, Prémio Prestígio Nova Gente, Prémio Melhor Compositor RCL, Prémio Telemóvel de Ouro, Prémio Arco-Iris da Ilga, Rádio Alvor-Melhor Álbum Nacional, Distinção Rotary – Profissional do Ano e muitos outros.
Pedro Abrunhosa, viajante, escritor, homem de palco por excelência é na estrada que se reencontra. Agora não leva a mochila nem vai sozinho. Na bagagem as Canções e, por companhia, o imenso público que arrasta.

DISCOGRAFIA:
2018 | Espiritual | Universal
2013 | Contramão | Universal
2012 | Inteiro | Universal (edição especial)
2011 | Coliseu | Universal (dvd+cd)
2010 | Longe | Universal
2007 | Luz | Universal
2005 | Intimidade | Universal (dvd+cd)
2003 | Palco | Universal
2002 | Momento | Universal
1999 | Silêncio | Universal
1997 | Tempo, Remixes + Versões | PolyGram
1996 | Tempo | PolyGram
1995 | F | PolyGram
1994 | Viagens | PolyGram

 

in Facebook