Gimba – Vá lá (letra e video)

Fados, Ze Cacilheiro, Fado do Zé Cacilheiro, Jose Viana, Letras de fados, Letras, musica portuguesa, letras de cançoes
Fado Zé Cacilheiro (Letra) José Viana
1 Outubro, 2018
Ceifeira, Ceifeira linda ceifeira, Celina da Piedade, Tradicional, Alentejo, Musicas alentejanas, Modas, Alentejanas, Linda Ceifeira, Popular, Alentejana
Ceifeira linda ceifeira, Celina da Piedade, Tradicional, Alentejo
23 Outubro, 2018
+

Gimba – Vá lá (letra e video)

Gimba, Letra, musica, Vá Lá, Gimba, Letras, Banda, Tres Tristes Trio, Donos disto tudo, Gimba, Artista, Musico, Contactos de músicos, Artistas Portugueses

Letra da música

Vá Lá

GIMBA

Trago um bom conselho
Para a gente que aqui está
São duas palavrinhas
E quais são elas?

Vá lá!!

Vá lá, Portugal, portugueses
Mais um ano, doze meses
Não saimos do lugar…
Vá lá, nobre povo, Zé Povinho
Não há pão e não há vinho
E o que há vai acabar!

Vá lá, estivadores e leiloeiros
Espantalhos, sinaleiros
É inútil esbracejar…
Vá lá, marinheiros de água doce
Era bom mas acabou-se
‘Tá na hora, vai fechar!

Vá lá, patos bravos barrigudos
Sem vergonha e sem canudos
A aldrabar a construção…
Vá lá, novos ricos triunfantes
Em vivendas de emigrantes
Baluarte da nação!

Vá lá, batalhão de Chico Espertos
Esses olhos bem abertos
Que o país é para roubar…
Vá lá, devedores e caloteiros
Agarrados ao dinheiro
‘Tá na hora de pagar!

Vá lá, rapazinhos da gravata
De atitude burocrata
E a fortuna do papá…
Vá lá, raparigas graduadas
Liberais, emancipadas
Do melhor que para aí há!

Vá lá, jogadores, viciados
Prostitutas e drogados
Quem vos traz o alvará?
Vá lá, traficantes, criminosos
Delinquentes, mafiosos
É agora, ‘bora lá!

Vá lá, monarquia arruinada
Sempre bem alcoolizada
Com uma cruz a abençoar…
Vá lá, burguesia toda airosa
Que essa vida cor de rosa
Está em vias de ir ao ar!

Vá lá, Herculanos, Saramagos
Escritores aziagos
Quem assina a petição?
Vá lá, geração iluminada
Treinadores de bancada
Onde é que está a solução?

Já sabemos bem
Que a vida aqui está má
Com a morte ali ao fundo
Ai, Mãe, a sorte onde andará?
Só resta sermos nós a dar a volta
Assim, não dá
Por isso, pessoal, vá lá!!

Vá lá, carneirada cibernética
A doença é genética
Agarrados digitais…
Vá lá, manada de aluados
Cidadãos neutralizados
Pelas redes sociais!

Vá lá, estudantina abrutalhada
Malcriada, mal formada
Nota 20 a vomitar…
Vá lá, especialistas em calão
Calinada e palavrão
Vamos, toca a trabalhar!

Vá lá, madames em topless
Da massagem anti-stress
E dieta natural…
Vá lá, brigada do pilates
Yôga e outros disparates
Que é que diz o mapa astral?…

Vá lá, reformados, pensionistas
O governo tem artistas
Pagos p’ra vos enganar…
Vá lá, moribundos, acamados
Incapazes, entrevados
Vamos, toca a levantar!

Já sabemos bem
Que a vida aqui está má
Com a morte ali ao fundo
Ai, Mãe, a sorte onde andará?
Só resta sermos nós a dar a volta
Assim, não dá
Por isso, Portugal, vá lá!!

Vá lá, moderníssimos fadistas
A elite dos artistas
Do melhor que há no país…
Vá lá, costureiros e roqueiros
Dos modelos estrangeiros
E da coca no nariz!

Vá lá, capitães e generais
Mais as tias de Cascais
Na orgia do cifrão…
Vá lá, ministros, deputados
Com os bolsos recheados
Façam a revolução!

Vá lá, navegantes, triste fado
As glórias do passado
Não vos deixam navegar…
Vá lá, saudosistas praticantes
Isto está pior que dantes
Vade retro, Salazar!

Vá lá, Portugal, olha p’ra ti
Há quem diga por aí
Sem a guerra não há paz…
Vá lá, Portugal, nação valente
Que o futuro é um presente
E é para a frente e não para trás!

Vá lá!!

Gimba – Vá lá

Composto, produzido e executado por Gimba
Gravado e misturado no Melhor Estúdio do Mundo, em Lisboa / 2017
“Vá lá!!” misturado por Gimba e Carlos Vales no estúdio Auditiv
Masterizado e re-masterizado por Carlos Vales nos estúdios Auditiv / 2018
Desenhos no video: Nuno Markl

Cantores convidados: Ana Bacalhau, Rita Red Shoes, António Zambujo, Márcia, Camané, Marisa Liz, Samuel Úria, José Cid, Mário Mata, Tim, JP SimõesManuel João Vieira.

Gimba

Biografia

Sou o Gimba, nasci em Lisboa, e estou na música desde tenra idade. Estudei piano com Maria Luísa Eusébio (aos 6 anos), flauta com Matilde Taveira (aos 8), e guitarra com Duarte Costa (aos 14). Mais tarde tive aulas de canto com a Prof. Cristina Castro.
Sou músico/autor/produtor e comecei a compôr e a escrever canções aos 9 anos. Tornei-me profissional, aos 18 e fui padrinho de baptismo dos Xutos & Pontapés e membro fundador do grupo Os Afonsinhos do Condado. Toquei e gravei também com Os Irmãos Catita, em nome próprio, a solo, e integrei vários agrupamentos efémeros.

Gravei discos e produzi vários artistas, num leque eclético: José Cid, Mário Laginha, Tim, Vicente da Câmara, Deolinda, entre outros – tendo participado em registos discográficos de Dino Meira (o grande Dino Meira!), André Sardet, Ena Pá 2000, Quinta Do Bill, e outros. Recentemente produzi os platinados discos “As Canções da Maria”, da artista Maria de Vasconcelos. Fui o vencedor do concurso “Grande marcha de Lisboa” em 2005 e em 2013.
Dei a cara e fiz a música para programas de televisão (“Pop Off”; “O Cabaret da Coxa”, “Boa Noite, Alvim”), e também assinei bandas sonoras de programas humorísticos (“O Programa da Maria”; “Paraíso Filmes”; “O Homem que Mordeu o Cão”; “Estado de Graça”), e cinema (“O Crime do Padre Amaro”). Na rádio estreei-me na antiga Radiogeste, criei para a Antena 3 a roupagem musical de “Há Vida em Markl” (programa de Nuno Markl) e da “Prova Oral” (de Fernando Alvim), bem como as canções de Natal do canal e hinos de apoio à selecção. Noutras áreas também fiz canções e música para peças de teatro, e jingles publicitários.

Amante da escrita, fundei e dirigi o semanário A Folha da Avenida (uma espécie de blogue de parede), escrevi crónicas e entrevistas – e também fotografei – para a revista M.I.T. (Música, Instrumentos e Tecnologia), escrevi crónicas para o jornal A Capital e também para o Jornal do Sporting. Escrevi também no jornal/ revista Blitz entre 1990 e 2012.
Estou a elaborar um estudo – que será um livro – sobre esrita de letras de canções em português, uma obra pioneira, a primeira sobre o assunto no nosso idioma.

Atualmente “ando na estrada” com dois projetos musicais:

GIMBA E OS BANDIDOS, uma banda de originais pop rock e de sorriso fácil onde toco guitarra e canto (além de escrever música e letra). Também canto, não muito bem, mas canto, lado a lado com Pedro Abreu – Figura de passado obscuro, que toca guitarra e canta como um verdadeiro bandido; Ricardo Virtual – O mais perigoso do quinteto, apesar do ar jovial, toca teclas e canta; Manuel Jonatas – que cumpriu pena por delitos relacionados com o funk, e toca guitarra-baixo; e Pedro Pitta Groz, a dor de cabeça das brigadas de minas e armadilhas, toca bateria e canta.

A RADIO ROYALE revela a minha paixão de sempre pelo musical, e uma certa atração pela estética dos anos 40 e 50. Há cerca de três anos resolvi começar a dar vida à sonoridade e às canções da “Rádio Royale”, sendo o compositor, letrista e produtor de todos os temas originais em que tentei fundir de forma intemporal, letras revestidas de atualidade com harmonias de outros tempo. Em palco interpreto a personagem Eugénio Royale – o mestre de cerimónias/locutor, músico e director/cantor da nossa “estação” de rádio. Na construção desta imagem apelou-se ao reviver do apreço – quase que perdido e agora renascido das cinzas – pelas nossas origens, pela vida dos nossos pais e avós, pelas marcas tradicionais e pelo bom gosto associado a tudo aquilo que chegou até aos nosso dias sem perder a aura de outros tempos. Uma viagem no tempo revivendo aqueles pequenos clichés quase perdidos: As harmonias vocais a 3 vozes, meninas cor-de-rosa a sair de um bolo, a velhinha pasta Couto, o vaudeville e o musical a preto e branco, as coristas em estilo burlesco, o glamour dos penteados e dos vestidos, as rubricas da rádio, ou apenas um cheirinho a sabonete que nos transporta até à casa dos nossos avós…

Acabo de ganhar – pela terceira vez – o concurso da Grande Marcha de Lisboa 2015, e fundei o CLUBE ROYALE – associação cultural e recreativa a abrir brevemente – com sede na Rua Poço dos Negros, 90 – 1200-340 em Lisboa. Um espaço maroto, divertido, que alterna com “dois dedos de testa” e muitas surpresas… a não perder!

Prémios
Grande Marcha de Lisboa 2005
Grande Marcha de Lisboa 2013
Grande Marcha de Lisboa 2015
Melhor disco pirata 2014 – CD “Pornogal”
Banda mais invisível na internet 2013 – Gimba e os Bandidos
(in)