“AC para os Amigos”, novo disco do músico Boss AC, editado na segunda-feira, dia 6 de Fevereiro
Ao quinto álbum de originais, o músico Boss AC mostra uma visão mais vasta do hip-hop. “AC para os Amigos”, a editar na segunda-feira, dia 6 de Fevereiro, tem as rimas e batidas de sempre e um “lado acústico muito mais presente”. “Sexta-feira (emprego bom já)” foi o tema escolhido, “de forma intencional”, para levantar o véu do novo trabalho de Boss AC.
Não é hip-hop e o músico e produtor sabe-o. “Independentemente de as pessoas gostarem ou não, é diferente. Se a música começasse e eu não cantasse ias pensar que aquela música era de outra pessoa qualquer. E isso interessa-me, porque gosto de evoluir e trazer coisas novas. Este single diz logo: estou aqui, álbum novo, música nova, vêm aí coisas novas”, disse Boss AC em entrevista à Lusa.
“ AC para os Amigos” mostra “um lado mais acústico, tem mais banda, o que é a grande diferença dos outros álbuns”. Apesar disso, é “sem dúvida” um disco de hip-hop. “Mas é um disco do meu hip-hop, da minha visão mais vasta do que é o hip-hop”, disse.
Boss AC
Um álbum eclético
O primeiro registo discográfico de Boss AC data de 1994. Nesse ano, o músico integrou “Rapública”, uma colectânea de artistas portugueses de hip-hop. Desde então, sempre incorporou “vários elementos” na música que criou e tem “vindo a acentuar essa melomania, o gostar de músicas de várias tendências”. “Cada vez mais assumo esse ecletismo e acho que este álbum reflecte bem isso. Um disco de hip-hop que gravita à volta de outras sonoridades, de várias outras influências”, referiu.
A diferença entre “AC para os Amigos” e os discos anteriores é que “este provavelmente será mais explícito e mais fácil de perceber”. Outra coisa que este álbum tem e o último, “Preto no Branco”, de 2009, não tinha é “um lado acústico muito mais presente”. “A banda está presente em cerca de metade dos temas e torna-se mais fácil perceber esse ecletismo”, afirmou.
Nos onze temas que compõem o disco, alguns “vão beber ao gospel e ao soul”, outros “têm influências da música popular portuguesa”, outros ainda “lembram o Brasil” e “um lado latino”. “E essas coisas todas acabam por fazer sentido porque há qualquer coisa em comum, e a essência é a mesma, que sou eu e a minha visão”, defendeu.
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(in: publico.pt)