Grupo de Folclore Cantares da Eira, Vila das Lajes, Ilha Terceira, Açores

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Grupo Folclórico das Camélias, Furnas, Povoação, Ilha de São Miguel, Açores
11 Dezembro, 2016
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Grupo Folclórico Alegria do Minho da Casa de Portugal de Plaisir, França
11 Dezembro, 2016

Grupo de Folclore Cantares da Eira

Desde muito cedo na história da ilha Terceira que a freguesia das Lajes se converteu no principal povoado rural Terceirense.
A sua localização em plena planície do Ramo Grande, a fertilidade dos seus solos, as suas escuras e porosas pedreiras proporcionaram o incentivo à produção de cereais, à criação de gado e à extracção da pedra de cantaria, pedra indispensável à construção das casas típicas do Ramo Grande e da ilha Terceira.

Visando estes históricos e importantes aspectos, um grupo de Lajenses decidiu formar um grupo de folclore onde pudesse pesquisar, analisar e apresentar as caracteristicas que no passado faziam parte da nossa gente, tais como trajes, hábitos, costumes, utensílios de trabalho e suas atividades economicas.

A 5 de Março de 2004 cerca de 35 pessoas dão início às actividades do grupo de folclore “Cantares da Eira” que através do vestuário e utensílios de trabalho apresentam os trajes típicos do Ramo Grande.

Sendo a localidade das Lajes um local onde habitavam familias abastadas, o grupo apresenta tanto os trajes ditos do campo como os das gentes mais nobres.

É assim prioridade deste grupo apresentar toda a riqueza simbólica que advém das nossas Lajes e que orgulhosamente mostra no brasão da Vila.

Começamos pelo homem que ia preparar o serrado para receber o trigo e depois o homem que ia semear o trigo, com a saca de lona pelas costas que servia de agasalho depois do trabalho.

Depois aparecem os ceifeiros e ceifeiras, com as foices e as dedeiras, sempre de chapéus de palha para proteger do calor, temos a mulher que ia levar o “Jantar”, era assim que era chamado a refeição que agora chamamos almoço, esta mulher ia levar o Jantar ao campo.

Quando o trigo chega às eiras, entram em ação os homens da eira, que vão preparar o trigo, desde debulhar, limpar até ao ensacar. Trazem consigo, as joeiras, as forquilhas, os sacos do trigo.

Aqui aparece também a mulher das maquias, que vai medir a quantidade de trigo ensacado.

O trigo chega então às mãos do moleiro, que num moinho irá transformá-lo em farinha.

E terminando o ciclo do Trigo, temos a mulher do forno, que peneirava a farinha, amassava e depois cozia o pão no forno.

Porque o nome de “Lajes” provém das pedreiras escuras e porosas, que no passado possibilitaram a extração de cantaria indispensável à construção e embelezamento das casas mais típicas da Ilha Terceira, nas Lajes sempre existiram também os Cabouqueiros, que eram os homens, que ajudados, pelas barras, pelas picas, pelos picões, pelos marrões e pelas cunhas, extraíam as grandes lajes de pedra das pedreiras.

Nas Lajes, como em outras localidades também sempre houve gente das mais variadas atividades, assim destacamos algumas delas, temos assim um Leiteiro, um Ferreiro, uma Lavadeira e uma mulher da água que passava o dia carregando água para os campos e eiras, para saciar a sede a quem estava a trabalhar.

As Lajes sempre foram desde cedo também e devido à riqueza de suas terras, um lugar de gente nobre e abastada, o que fazia que as Gentes das Lajes nos domingos e dias de festa fizessem questão de usar os seus fatos domingueiros, que eram muito apreciados por todos, sendo que os homens usavam sobretudo os belos fatos de lã, também faziam questão de usar o guarda-chuva ou bordão como acompanhantes do fato.

Mas como nem tudo era gente abastada, apresentamos também as roupas usadas pelas pessoas menos abastadas em dias de festa ou domingos, bem como as raparigas solteiras, usando quase sempre os vestidos de chita.

Como as Lajes também sempre foi um lugar de saber receber e receber bem, apresentamos a mulher que recebe as visitas, as pessoas faziam questão de receber as suas visitas em sua casa com um saboroso licor, ou então com uma aguardente da terra.

(in: cofit.org)

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Grupo de Folclore Cantares da Eira